MARE - MINISTÉRIO DA REFORMA DO ESTADO

  • 17-2004-capa-em-busca-do-novo
  • 13-1988-capa-lucro-acumulacao-e-crise-2a-edicao
  • 06-2009-capa-construindo-o-estado-republicano
  • 10-1999-capa-reforma-del-estado-para-la-ciudadania
  • 01-2021
  • 15-1968-capa-desenvolvimento-e-crise-no-brasil-1930-1967
  • 16-2015-capa-a-teoria-economica-na-obra-de-bresser-pereira-3
  • 02-2021-capa-a-construcao-politica-e-economica-do-brasil
  • 05-2009-capa-globalizacao-e-competicao
  • 03-2018-capa-em-busca-de-desenvolvimento-perdido
  • 10-1998-capa-reforma-do-estado-para-a-cidadania
  • capa-novo-desenvolvimentismo-duplicada-e-sombreada
  • 08-1984-capa-desenvolvimento-e-crise-no-brasil-1930-1983
  • 09-1993-capa-reformas-economicas-em-democracias-novas
  • 05-2010-capa-globalization-and-competition
  • 11-1992-capa-a-crise-do-estado
  • 07-2004-capa-democracy-and-public-management-reform
  • 01-2021-capa-new-developmentalism
  • 04-2016-capa-macroeconomia-desenvolvimentista
  • 2014-capa-developmental-macroeconomics-new-developmentalism
  • 09-1993-capa-economic-reforms-in-new-democracies
  • 05-2010-capa-globalixacion-y-competencia
  • 2006-capa-as-revolucoes-utopicas-dos-anos-60
  • 05-2009-capa-mondialisation-et-competition
  • 12-1982-capa-a-sociedade-estatal-e-a-tecnoburocracia

Corrigindo distorções na estrutura dos salários

Luiz Carlos Capella

Correio Braziliense

.

E chegamos aos mil dias sem reajuste! O governo não se regozija com isso. Entretanto, está convicto de que a não concessão de reajustes salariais desde 1995 foi uma política correta na conjuntura de restrição fiscal e de imensa balbúrdia na estrutura remuneratória e de carreiras do serviço público federal.


Nesse tempo aguardou-se a aprovação, no Congresso, da reforma administrativa, que embutia novas idéias sobre a definição de outros tipos de organizações públicas, relações de emprego, definições das carreiras típicas de Estado (ou seja, aquelas imprescindíveis para que o Estado possa cumprir seu real papel institucional), e uma passada a limpo na atual estrutura de remunerações, de modo que se pudesse reiniciar um processo correto de carreiras e conseqüentes remunerações.


Depois de dois anos de auditoria e melhoria nos controles do Sistema Integrado de Pessoal Civil do governo federal, responsável pela folha de pagamento do Poder Executivo, e a adoção de algumas medidas de contenção de excessos (retirada de alguns benefícios sem precedentes no serviço público mundial e no setor privado brasileiro; proibição de horas-extras, a não ser em hospitais públicos e outras poucas excepcionalidades justificáveis, etc), foi possível conter a volúpia com que afolha de pagamento do pessoal civil da União vinha crescendo nos últimos anos.


Chegou o momento de ajustes na remuneração dos servidores. Antigerencial, senão cínica, é a proposta de distribuir entre todos os parcos recursos existentes. É demagógico tentar incutir nos servidores a idéia da preservação da herança inflacionária ou da vinculação de reajustes salariais à inflação passada e de que um pouquinho para todos é melhor opção do que um acerto estrutural em partes, porém continuado, e com responsabilidade.


Com tanta distorção na sua estrutura remuneratória, o governo tem que primeiro